Escrevi durante umas aulas frustrantes. É toda a minha produção em quase dois meses. Quase um épico.
24/09/2007
I
Quando eu me sento na privada pra cagar, não costumo pensar muito na merda. Acho que pouca gente de fato pensa. Acontece que quando se está atolado nela, na merda, você não tem outra alternativa.
Porque o cheiro de bosta é horrível, te fode por dentro e não há nada mais importante naquele momento do que tirar os toletes de barro da sua cara.
E o que me revoltou hoje foi algo mais ou menos assim:
- Bem, Morten, sexta-feira você me disse que ia ao cabeleireiro.
- Pois é, acho que dá pra ver - ele mostra o cabelo ridiculamente pintado de castanho escuro, com um sorriso orgulhoso.
- Então quer dizer que você recusou uma ida ao bar pra fazer essa coisa medonha? Cara, você é uma aberração.
- Você só diz isso porque seu cabelo é feio.
É. Foda-se.
II
Podem dizer que eu tento copiar o velho Bukowski. Isso se algum dia alguém ler algo meu pra poder dizer alguma coisa. Talvez eu tente, e essa é a beleza do negócio. Se eu aprendi alguma coisa com o velho, foi que ficar com muito medo das pessoas é uma grande bobagem. Ele provavelmente condenaria meu trabalho, mas me daria uns tapinhas nas costas por ter feito o que eu queria, mesmo sabendo que era porcaria.
25/09/2007
I
Não sei qual a minha opinião sobre esse Peter. É velho, ensina física, tem cara de bicha e há quem diga que é pedófilo. Acho que é só bicha. Mas não enche o saco. Acho que é importante que um professor não encha o saco. É como se ele não estivesse implorando pela nossa atenção. Passa a impressão de estar seguro.
Ontem uma professora velha exigiu nossas anotações, pra ver se estávamos tomando notas direito. Para mim, um ato de desespero. Era matemática e eu poderia estar anotando. Mas eu preferia desenhar. E eu decido o que é melhor para mim, porque sou eu que sofro as consequências, só eu.
Ela arrancou os desenhos da minha mão, puta da vida. Perguntei se pegaria uma nota legal por eles. Ela disse que não. Essa professora é como a própria matemática: já está fazendo hora extra na Terra.
Uma pena.
Mas compreensível.
II
Se eu tivesse que escolher duas pessoas desta classe pra formar algo como um "casal nojento" ou "casal sebinho nas dobras da bunda", seriam o tal do Kasper e a tal da Louise. Esse Kasper eu näo duvido que já tenha lambido um bueiro. Näo que seja um Casanova. É que ele curte fazer coisas estranhas com a boca toda hora. Boca que parece um prepúcio inchado ou infecçionado. É o tipo de imagem que não é legal. E é o tipo de coisa que eu imagino quando vejo alguém fazendo beat box.
Adivinha: ele faz beat box.
Já a outra é provavelmente o ser mais grotesco que pisou nesse mundo. Esqueça o Pé Grande, a Britney Spears pós-Federline e aqueles hindus que limpam a bunda com a mão. Aliás, me surpreenderia se me dissessem que ela limpa a bunda. Além da personalidade babaca, contribui para a minha ojeriza aquele cabelo amassado e ensebado, com cara de cipó e palha, que não vê shampoo desde 1992. E ela tem aquela cara engordurada, cheia de maquiagem, ou de resíduo de maquiagem (sempre lembro das propagandas do Leite de Colônia).
Eu näo sou o cara mais arrumado do mundo. Também devo ser um nojo pra muita gente, mas no fim, eu só estou no meu direito de malhar o próximo, assim como Jesus queria. Rapaz, estou verborrágico hoje.
Tuesday, September 25, 2007
Segunda e Terça
Postado por Jambo Ookamooga às 9:08 AM 7 comentários
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