Tuesday, September 23, 2008

O Rei do Pagode

Ou "Como eu sou desocupado pra caralho!". Ou ainda "Como, mesmo sendo leigo em jornalismo e inventando um personagem, é fácil fazer uma matéria igualzinha àquelas da Rolling Stone". Espero que gostem ou leiam inteiro. Não precisa os dois.

***

Estou sentado num confortável sofá de oncinha, situado no meio de uma sala ampla. Espelhos, uma televisão de plasma, muitos DVDs, um tapete de pele de urso polar (real, dizem) completam uma visão mais geral do recinto. No hall de entrada, numa inscrição em diamantes, se lê o nome do dono da casa: “Miojinho”.

À primeira vista, pode parecer brega, e certamente é, mas não se pode subestimar a força do nome de Miojinho na indústria fonográfica brasileira. Após vender mais de dois milhões de CDs originais em tempos de pirataria intensa, não há realmente muita coisa que Uélito de Souza Borges não possa ousar. No ano passado, lotou dois shows no Maracanã, em que metade do repertório era constituído de músicas de seu novo álbum, “Paixão Quente”, à época, ainda inacabado. Mesmo sem conhecer todas as músicas, o público, constituído predominantemente pelas classes C e D, aplaudiu de forma quase unânime.

Ao chegarmos para a entrevista e sessão de fotos, Miojinho está nos esperando com um sorriso, uma garrafa de uísque 12 anos e uma de suas famosas histórias para descontrair.

“Uma vez, quando ainda era adolescente, eu estava com uma minazinha. O tipo de menina que eu gostava. Coxas grossas, bunda arrebitada, uma beleza. Nós acabamos indo pra cama, como eu queria. Quem é que sai com uma garota se não vai pra cama com ela? Tiramos a roupa e tudo o mais, e eu comecei a bombar”. Ele beberica seu uísque e continua. “Depois de algum tempo, eu comecei a estranhar, porque a menina não falava nada. Fiquei encucado, mas continuei, até ela dizer, assim, de repente, ‘mete mais forte!’. A gente pensa que está fazendo um bom trabalho e não está, às vezes. Mas foi bom, porque ela foi sincera, e comecei a meter mais forte. Cinco minutos depois, ela repete. ‘Mete mais forte!’, grita a desgraçada. Meti mais forte, mais e mais forte. Mas ela continuou a repetir, sem parar. Eu já estava todo suado, esfolando meu pau, sem conseguir gozar porque estava muito nervoso com todo aquele ‘mais forte!’. Até que eu resolvi parar. A garota tinha um olhar fixo, a boca dela ficava mexendo. Falei pra ela que ia levar ela para casa, ela não respondeu. Daí tentei ajudar a garota a se vestir, mas ela estava com o corpo todo duro. Fiz o que qualquer um faria, deixei dinheiro pra ela pegar um táxi e zarpei. Nunca mais vi ela, mas soube que ela ficou bem. Ninguém sabe o que aconteceu”.

É assim que Uélito se apresenta, com irreverência, tranqüilidade e, claro, muita polêmica. O que, convenhamos, não parece fazer sentido em contraste com suas letras românticas, não muito diferentes do resto do pagode.

“No começo eu jogava o jogo, tentava falar um monte de coisa bonita, mas no fim das contas, não agüentei, acho que tenho uma personalidade forte. Mas meu público sabe diferenciar as coisas, mesmo com as coisas erradas que eu faço e falo, eu continuo tratando todo mundo bem, quando vêm pedir autógrafo, tirar foto... É diferente”.

Diferente é uma boa palavra para definir a trajetória de Uélito. Nascido em 1983 no bairro de Itaquera, localidade humilde na zona leste de São Paulo, viveu por lá até os treze anos, quando seu pai, um professor da rede pública, ganhou um prêmio na loteria. “Não foi uma bolada tipo 50 milhões, mas o velho montou na grana”, ele conta. Mudou-se para o bairro da Vila Mariana, e na escola nova, demorou a fazer amigos, brigou muito. Foi lá que recebeu o apelido de Miojinho, pois já descoloria os cabelos encaracolados naquele tempo. Surpreendeu-se quando viu que mesmo os garotos ricos escutavam o pagode que ele aprendera a gostar alguns anos antes. Quer dizer, em termos. “Nunca engoli esses pagodes de playboy, tipo Inimigos [da HP, conjunto de pagode universitário de São Paulo], e isso já estava começando naquela época”. Mas foi ali que Uélito afirma que percebeu a força comercial do pagode, que ele pensava se restringir às camadas mais pobres da população.

Depois de alguns problemas com os pais em São Paulo, mudou-se sozinho, em 2002, para a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Era ali que queria estar, na cidade de Jorge Aragão e Zeca Pagodinho. “Pensei até em mudar para Xerém, mas ia ficar um pouco longe de tudo”, ele ri. Logo que chegou à nova cidade, começou a compor algumas músicas e tocar com a banda Sem Maldade em bares e festas. Em 2003, conheceu o produtor Martinho Xavier, que o aconselhou a seguir em carreira solo como Miojinho.

Miojinho sorri para o sucesso

O primeiro hit, “Meu Amor Não Tem Erro”, saiu em janeiro de 2004 e tocou sem parar nas rádios FM. O produtor garante que não houve nenhum tipo de incentivo da gravadora Som Livre ou jabá. “O cara tem talento mesmo, tem apelo comercial, nunca vi alguém tão diferenciado”. O álbum “Miojinho Só Pra Ti”, saiu em março do mesmo ano e estava recheado de hits, como “Volta Pra Mim” e “Canseira Sem Igual” que tocariam até o começo de 2005, mesmo ano em que fez uma parceria funk carioca com o MC Coração. A música “Dança da Boneca Inflável” foi seu maior hit até o momento. “Foi divertido gravar aquele funk. A letra é engraçada, diferente do que a gente geralmente faz e também gerou muito dinheiro e shows”, relembra.

Mais tarde, ainda em 2005, sua primeira polêmica. Depois de um show em um festival em Rio Branco, Acre, alguns membros de sua equipe se desentenderam com o agente de Bruno e Marrone. A confusão chegou até Miojinho e Marrone, que trocaram socos e pontapés, fato que foi amplamente explorado pela imprensa. Depois de algum tempo, reconciliaram-se ao vivo num programa de variedades. “Na verdade, nós fizemos as pazes bem antes, porque não tinha acontecido nada, uns socos, um empurra-empurra, mas tudo por causa de umas cervejas a mais na cabeça. Nenhum problema pessoal com ele”.

Impulsionado pela publicidade de seus hits e da polêmica com Marrone e pela gravação de um novo disco, Uélito começou a freqüentar o circuito de programas de auditório dominicais em meados de 2006. O apresentador Gugu Liberato até apareceu no primeiro clipe de seu segundo álbum, “Tô Com Fome de Você”. Faustão também elogia o pagodeiro. “É um artista exemplar, sempre que aparece no Domingão se porta muito bem e tem histórias muito boas pra contar. No ar ou em off”.

“É fácil lidar com Gugu, Faustão, Silvio Santos, Sônia Abrão, qualquer um desses”, Uélito explica, já abrindo a segunda garrafa de uísque, “você vai ao programa deles, e tem que dar ibope, tem que falar as coisas certas. Se você ajuda eles, eles te ajudam. Uma mão lava a outra”.

Depois de toda a publicidade gerada, o segundo disco, “Amor Sem Zoeira”, foi o que mais vendeu no ano de seu lançamento. Foi ali que Miojinho virou o que se pode chamar de pop star, pelo menos no sentido tupiniquim da coisa. Fechou uma das noites do Festival de Verão de Salvador, lotou todos os seus shows em São Paulo e Rio e chegou a tocara para a comunidade brasileira em Nova York. Além disso, a dupla francesa Daft Punk resolveu remixar, num arroubo de excentricidade, a faixa “Não Faz Assim, Pudinzinho”, do primeiro álbum. O remix ficou na obscuridade por algum tempo, mas em meados de 2007, tornou-se um hit nas pistas de São Paulo.

“Rapaz, achei aquilo muito esquisito. O pessoal da música eletrônica gostando, essa versão desses gringos... Mas gostei, nem cobrei direitos autorais, foi como uma homenagem”, pondera.

Rara fotografia, sem os cabelos descoloridos

No auge, mais uma polêmica. Em agosto, Uélito teria dado em cima de Gracyanne Barbosa e insultado seu namorado, Belo, chamando-o de, segundo consta, “traficantezinho de merda”. Ele nega veementemente. “Imagina, cara! Sou casado, estava num momento super feliz, gravando meu CD, fazendo shows por aí. Além disso, nunca gostei de Soweto e não ando com esse povo das drogas”, alfineta. Um processo judicial ainda está em trâmite, mas Uélito se diz tranqüilo, e afirma que todas essas confusões não afetam em nada a marca Miojinho. “O povo quer saber da qualidade da música, da presença de palco, da simpatia do cantor. Essas picuinhas de gente menor, eles sabem diferenciar”.

O fim de 2007 viu, então, seu plano mais ambicioso: fazer o pré-lançamento de seu último álbum em pleno Maracanã, palco que havia abrigado artistas do quilate de Ivete Sangalo no ano anterior e The Police poucos dias antes (e Madonna no fim deste ano). O projeto era ousado, mas artista e produtores esperavam que uma superprodução hollywoodiana, as participações de Júnior Lima, Champignon (ex-Charlie Brown Jr, que está em todas, praticamente), Wanessa Camargo e MC Coração e, é claro, os hits fossem segurar o clima e lotar o estádio.

“Foi uma trabalheira do inferno. Eu até ajudei a montar o palco, pra você ver o tanto de trabalho que deu. Mas no fim, tudo funcionou”, ele recorda. De fato, o show foi um sucesso. Apesar de não ter tido liberado toda a capacidade do estádio, 60 mil pessoas por noite compraram todos os ingressos disponíveis. E ainda responderam bem às canções novas. “Tocamos umas cinco em cada noite, e a platéia gostou muito de ‘Enquanto Você Me Amar’”. O show ainda gera lucros ao músico, já que o DVD "Obrigado, Maraca!" acaba de chegar ao primeiro lugar das paradas em 10 estados.

Até onde Miojinho pode chegar? “Não sei. Vamos continuar trabalhando, eu, a banda, o Martinho Xavier... Pra que esse sucesso nunca acabe, não é? Tudo isso, esse sucesso, os fãs, as festas... Eu me sinto abençoado por Deus, mesmo. Vamos continuar trabalhando”, ele pondera, finalizando a terceira garrafa da noite.

Não se pode prever o futuro, mas parece que basta Miojinho continuar trabalhando para que esse sucesso não acabe tão cedo. Ficaremos todos no aguardo.

Ao Vivo no Maracanã, 2007

Monday, September 22, 2008

Dicas #1

Oi, pessoal! Tudo beleza? Resolvi começar uma seção de dicas aqui no blog, pra não exigir muito do meu tempo e pra postar sempre, já que no fim das contas, também quero chegar a mil posts e estar super inteirado nos agitos da galera in. Stay tuned.

Site da semana:
http://www.brinks.com.br/
Nesses tempos de internet 2.0 e alechat, muito se brinca e faz piada em relação a essa empresa séria e que tanto contribui para os alicerces da nossa economia, portanto achei que era hora de entendermos mais afundo a missão da Brinks, que não está de brincadeira. risos!

Disco da semana (nosso patrocinador exige que o assunto música seja abordado):
Everything is Borrowed - The Streets
Mike Skinner é o primeiro cara a perder seus cojones musicais e continuar legal. Ponto pra ele.





Objetivo pra 2009 da semana:
Aprender a bolar.
Com ou sem cartão, acho que é válido ter esse tipo de conhecimento.

Doença da semana:
Gripe seguida de pigarro.
Pra galera que fuma tabaco, sempre uma dica da moda.

Evento da semana que vem da semana:Falando sério, vamo aí? Acho que é um evento válido, que incentiva a discussão do que é e do que não é virgindade. A galera descolada e engajada deve marcar forte presença!

Sacada genial da semana:
http://dykerama.uol.com.br/src/
Também um site. Tem discussão, tem romance, tem baladas, tem contos eróticos, tem notícia... Enfim, um prato cheio pra punheteiros e lésbicas em geral. Super recomendado!

Tuesday, September 09, 2008

O Poema do Encarceiramento

Isso aqui eu faço quando sóbrio, mesmo =/

***

Tinha esse cara
até que era meu amigo
quando foi para a cadeia
violaram seu umbigo

Os presos lavavam roupa
e muito bem lavada
podia ser camisa
ou cueca com freiada

A hierarquia lá
era muito justa e nobre
pobre comia rico
e rico comia pobre

O carcereiro bem sacana
não se fazia de rogado
ao terminar a janta
fodia o preso logo ao lado

Meu amigo, condenado
pensou até em se matar
mas conheceu o Bola Oito
e agora vai casar

Esta história é mui triste
mas meu amigo já tem planos
está muito bem noivado
e em paz com o seu ânus.

Mantido na Realidade

A leitura prolongada e ininterrupta de Charles Bukowski mais a ingestão de cannabis sativa produzem monstros como o conto a seguir.

***

Talvez a profissão mais triste do mundo seja a de dançarina do Faustão. Seus sorrisos chegam a ser aterrorizantes de tão falsos e mecânicos, além de terem de agüentar o apresentador mais gordo e estúpido de que se tem notícia e alguns xucros na platéia. O Faustão não é nem melhor nem pior do que os outros, uns diriam, mas a imagem das suas dançarinas é certamente a mais triste.

Por alguma ironia, então, como deveria ser, me arranjaram um encontro com uma dançarina do Faustão. Quase isso. Um conhecido tinha uma garota. Ela queria sair com ele e com sua amiga. Porque não fazer os dois ao mesmo tempo? Então alguém tinha que entreter a amiga dançarina do Faustão. Eu.

Seu nome era Márcia e tinha boas pernas e um rosto bonito. Vi pelo orkut. Mais um escravo da tecnologia. Enfim, boas pernas e rosto e boas fotos na praia. Acho que é o que eles exigem quando você quer ser dançarina do Faustão.

Isso me animou um pouco, mas não me impediu de passar o dia com tédio e pessimista. Em relação a outras coisas, já que em relação à Márcia eu pensava muito pouco. Talvez seja um fracassado por não pensar nos outros, mas pouco importa. Márcia era uma garota legal, saberia entender. Caguei, tomei um banho, fumei uma bombinha de haxixe e esperei. “A morte”, diria Hank.

Nos encontraríamos no Moe’s, um bar um tanto quanto hypado no centro. Pelo caminho, passei pela Sé. Gosto dali. Toda a sujeira e pobreza e depredação convivendo com o centro de uma cidade tão grande, onde tudo começa, percorre e termina, te fazem se colocar no seu devido lugar. Mantém as coisas na realidade.

Encontrei-os na frente do Moe’s, enquanto Paul Banks dizia “baby, baby, you really look bad” nos fones de meu MP3. Interpol também mantém as coisas na realidade, às vezes. Podia ver o Volks surrado de meu conhecido ali na outra esquina. As garotas estavam de vestido, com decote, tudo ia ser ok. Parecia uma noite calma e pouco barulhenta, ótimo. E, sinceramente, continuou a correr tudo bem por algum tempo.

Mas quando o cara e sua garota saíram e deixaram Márcia e eu sozinhos, foi como se perdêssemos aquele elo maravilhoso, quase mágico, que me fazia sentir bem ao lado de uma dançarina do Faustão, uma hippie estudante de letras e um cara que cagou nas calças até os 15 anos, num lugar com música ruim e cerveja quase quente. Márcia era uma garota legal, aposto que entendeu. Como ela aparentava ter alguma cultura, achei que uma conversa de maior conteúdo poderia segurar as pontas até que eu pensasse em alguma outra estratégia. Olhei bem fundo naquele decote e pernas e tentei:

- Você curte... hum... ehehe...

- Oi?

- Platão, você curte Platão?

Ela começou um discurso sobre Platão, provavelmente sabia mais do que qualquer um de nós ali naquela sala, naquele bar imundo. Não parava de falar, via toda sua boca, lábios, dentes, bochechas, língua, saliva, prepararem palavras intermináveis e perenes, como num arsenal. Oh, cara, foda-se Platão. Mas não conseguia emendar outro assunto.

- Então você considera Platão um ídolo?

- Considero, ele era muito bom! – uma resposta sem muito requinte, mas ainda assim bem decidida. Apelei para a velha técnica da confusão, com um pouco da minha licença poética:

- Você acha que pensamentos sobre ele se intrometem na sua mente?

- Cara, você ta chapado?

Não respondi. Eu estava, o que poderia ter dito?

As coisas se mantiveram assim, tediosas e constrangedoras como a tarde havia sido. Num determinado momento, o outro casal voltou e Márcia levantou-se num salto meio indecente e histérico e disse para a amiga:

- Vamos dançar!

Dançavam como se fossem duas lésbicas ou como se estivessem fazendo a dança do acasalamento. Odeio quando seres humanos se portam como animais irracionais. Eu e o cara não falamos nada. Apenas observamos a cena com os braços cruzados e olhar vazio. Por algum motivo, ela me parecia atraente, mesmo com toda aquela chatice de Platão e o emprego triste e a censura ao meu beque. Eu olhava para aquela garota que me deixava quase de pau duro e que não tinha nenhuma conexão comigo e pensava no que eu poderia ainda fazer para tornar uma noite aborrecida um pouco menos aborrecida.

O sorriso dela, por outro lado, parecia exagerado, como alguém que chama todos os holofotes para si. Um pouco perturbador olhar para toda aquela boca aberta, cheia de dentes, querendo ser acesa com neon. Por que todos nós não podemos agir como seres humanos? Mas o balanço ainda era positivo e eu ainda queria poder comer aquela garota e quem sabe tomar café da manhã depois.

De repente, por sorte, talvez, a conversa voltou a um nível bom, com cadência e palavras suficientes. Nem muitas, nem poucas. Então tomei os últimos goles de minha cerveja e me aproximei dela, quase fazendo nossos narizes se tocarem.

- Vamos foder agora, ali do lado.

Recebi um olhar de asco e, com uma expressão ressentida, Márcia virou-se de costas para mim, para nunca mais olhar. Pouco depois, convenceu a amiga de irem embora. Despediram-se e foram todos no Volks, provavelmente esse outro cara ia comer duas de uma vez, o grande filho de uma puta.

Fiquei no bar e pedi uma dose de pinga. Para acabar bem com uma noite muito aborrecida. Vi uma velha tingida olhando para mim e lambendo seu canudo como se fosse uma rola. Achei que era hora de sair dali. Na volta, enquanto passava pela Sé mais uma vez, já amanhecia. Um cara com metade do rosto deformada olhou para dentro dos meus olhos. Não importava a que horas você estava por ali, sempre manteria as coisas reais.

Subi para o ônibus pensando que as coisas poderiam ser piores.

 
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