Wednesday, November 15, 2006

You have already fooled the children of the revolution

Na última semana, um amigo meu que esteve em casa viu aberto o livro Confissões de uma Groupie (estou relendo) e, tomando ainda como exemplo um outro volume que eu lia anteriormente, Reações Psicóticas, de Lester Bangs, comentou algo como “Você lê uns livros muito nada a ver, hahaha”. Por nada a ver entenda livros de autores desconhecidos para a maioria, com temas de bibliografia menos extensa e que nunca, nem num sonho, cairiam numa lista dos “fodões” da Fuvest e da Unicamp.

Sim, eu adoro ler a respeito de rock and roll, e, sobretudo, amo rock and roll, em qualquer formato. Mas isso é coisa minha. Você pode amar ahmm... Quadros, literatura, cinema, esculturas, futebol, ginástica artística, direito, quadrinhos, oncologia e etc... Há uns dias eu assisti Basquiat e vi como as pessoas podem revolucionar seu meio com Arte. Veja bem, expressionismo e Arte em geral me interessam muito pouco, mas eu reconheço como é algo tão agitador como a música que eu tanto gosto.

O que eu acho que é meio triste é a falta de paixão com que as pessoas tratam, sei lá, tudo. Ainda na esfera musical, eu não sou ingênuo a ponto de achar que algo como Woodstock pararia uma guerra, mas creio que ouvir Marc Bolan cantando “you won’t fool the children of the revolution” ou John Lennon exigindo poder para o povo pode incutir na geração um sentimento de indignação e um pouco revolucionário, sim. Veja bem, música é uma coisa feita pra divertir, mas eu não entendo mais o que aconteceu com ela. A diversão ultrapassou tanto qualquer propósito que poderia existir que não existe mais diversão na musica popular, quase.

Não sei mais bem o que eu estava tentando dizer, mas é que eu não entendo mais nada sobre quem eu sou e o que eu quero, principalmente nesse meu lado mais chato, que é a exigência em relação à música. Se por um lado, eu acho que não se deve policiar o gosto alheio, eu não consigo ser compreensivo em relação ao estupro do rock e seu conteúdo.

Fica estranho isso tudo, mas tome como um desabafo ou uma crônica confusa de um cronista confuso.

***

Mudando um pouco de assunto... Domingo, se tudo der certo, estarei no Morumbi e se tudo der certo mesmo, verei pela primeira vez o São Paulo ser campeão no estádio. Po, é felicidade demais pra um cara só.

Ouvindo: Cosmic Dancer – Marc Bolan & T.Rex

1 comment:

Anonymous said...

cara...acho que nunca li um livro sobre rock =/

bacana a crônica...

 
Clicky Web Analytics