O primeiro disco inteiro que eu ouvi quando fiz 17 anos, nessa última madrugada, foi Diorama, do Silverchair. Isso o faz merecedor (ou melhor: é uma conseqüência inevitável que seja feito um) de um comentário. Mas não só por isso, todo disco é merecedor de um comentário, ué. Mesmo que seja pra detonar, o que geralmente é o mais divertido. Diorama poderia, inclusive, ser um disco desses, que espera para ser destruído.
Sabe como é, Daniel Johns é um cara muito azarado. Sempre convivendo com alguma doença pronta para ceifar sua criatividade e integridade física, além de declarados conflitos interiores, o que causa, a princípio, grande desconfiança sobre a qualidade de algum álbum vindouro.
Porém, saído de seu inferno particular em 2001, Daniel veio provar que, não senhor, não havia porque desconfiar. Acima de tudo, Diorama é um álbum maduro. Os adolescentes do Silverchair cresceram e agora sabem bem o que querem. O primeiro disco da banda saiu quando os integrantes tinham 16 anos, e olhe só que injusto, eles já eram rockstars com
Longe de tudo isso (ou após descobrir como conviver com isso), a banda solta um disco que parece algo como um Beatles cósmico bolinado pelo Alice in Chains. Plágios constrangedores como Slave inexistem, e isso é um deleite para qualquer um. Afinal, não é mais um disco do Mad Season gravado na Austrália e sim um álbum do Silverchair.
Gostei.
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