Sunday, October 08, 2006

No feeling

Quero escrever coisas soltas. Já que ninguém lê esse blog e os seus textos vão ser raridade quando eu tiver me tornado um whatever famoso e já estiver morto, eu posso escrever O QUE EU QUISER (não que antes não fosse assim).

Então, com o olhar embargado, o homem disse, então:
- Vai chover de novo. Larga esse machado e vem pra dentro.
O filho ignorou a ordem e continuou trabalhando na terra. Furioso com as circunstâncias, o velho deu um tapa na face do garoto. Aí sim ele largou o machado. Não sabia se sentia raiva do pai, ou pena. As rugas estavam cada vez mais acentuadas na cara do homem e as marcas do sol nunca iriam sair.
Atracaram-se e rolaram pela terra, antecipando o trabalho da chuva de estragar a pequena horta.


Driblou pra esquerda, cortou o meia, tocou, recebeu de volta, fez fila com o lateral e o zagueiro, chutou por baixo das pernas do goleiro, bateu a cabeça na trave e morreu. Mas foi um belo gol.

É estranho fazer considerações sobre a imcompletude da alma. Ela pode se manifestar de tantas maneiras... Comigo, ela se manifesta de todas.

Ouvindo: The Frayed Ends of Sanity - Metallica

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