Wednesday, October 11, 2006

Peixe Grande

Confesso: Peixe Grande me fez chorar. E muito. Eu nunca tinha chorado com filme algum. E não é que eu tenha me identificado com algum personagem, ou qualquer outra dessas desculpas que existem. O filme é realmente tocante.

À primeira vista, pode parecer só mais um filme divertido do Tim Burton. E é. Mas tem mais coisa, sabe? Quando os primeiros conflitos "existenciais" (não que seja a melhor palavra para defini-los) de Will Bloom começam a ficar mais nítidos, já é possível perceber que não é "só mais um filme divertido do Tim Burton". Na verdade, o filme trata de um tema que não pode ser manejado com leviandade, que é a compreensão entre pai e filho.

É difícil isso. Eu e o meu pai estamos sempre brigando e ele sempre diz que só foi entender o meu avô depois que ele já tinha morrido. Quer dizer, não é o filme que vai fazer eu entender cada atitude estúpida do meu pai, mas faz pensar, sabe?

Ao enredo, então. Edward Bloom é um homem que adora contar suas histórias fantásticas para todos, e isso irrita o seu filho, que não suporta ver o pai narrar sempre as mesmas mentiras. Por esse motivo, eles ficam por 3 anos sem se falar. Agora, Edward está com câncer terminal e o filho resolve voltar para casa e, finalmente, conhecer seu pai da forma que ele realmente é.

Basicamente é isso. Contar quaisquer detalhes seria estragar a primazia cinematográfica de Burton, que além de dirigir formidavelmente, construir cenários como ninguém e contar histórias de forma mágica, ainda conta com um time fodido na fotografia e casting. É sério. O visual do filme é irretocável e, embora eu realmente não entenda nada disso, não percebi nenhuma atuação abaixo da média.

A cena final me fez chorar copiosamente e os letreiros com Man of the Hour do Pearl Jam colaboraram para a continuidade das lágrimas (ahahah, que piegas).

Assistam.

Ouvindo: Nada.

2 comments:

Anonymous said...

na moral Pedrin,
nós somos emos pra caralho!

q vergonha!

(chorei umas 4 vezes agora, soh de pensar no filme...)

beijón

Anonymous said...

esse eh um dos meus filmes preferidos..talvez eu nao tenha chorado porque nao tenho uma relacao (tao) problematica com o meu pai...

gostei do seu blog :)

 
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